sexta-feira, 23 de julho de 2010
ÔH COISA BOA
Aqui em Brasília - pelo menos para mim - a única coisa que se tem pra fazer, além de trabalhar, é comer.
Por isso, estou comendo muito. Ôh, coisa boa é comer!!
O que comer e onde:
.Cozinha Contemporânea – Restaurante Universal – Todos os pratos devem ser maravilhosos, mas o Cordeiro com cuscuz marroquino (comi) e o pato ao molho de tangerina com purê de mandioquinha (experimentei) são deliciosos.
.Cozinha Italiana – Trattoria da Rosário – Massa com bacalhau (comi) e Massa com lingüiça de javali (experimentei)
.Cozinha Variada (achei engraçado isso, pesquei da Veja) – Piantella – Risoto de salmão com queijo Mascarpone e caviar (comi e amei)
.Cozinha portuguesa – Sagres – o melhor bacalhau que já comi. Os docinhos portugueses também são maravilhosos.
.Doceria Francesa – Daniel Briand – Tudo gostoso!!!!
E vamos comer e comer e comer..... depois me resolvo com Fernando Hoisel.
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domingo, 18 de julho de 2010
LIVRO NOVO
"Na relação que tiveram, Sartre e Beauvoir nunca deixaram de viver como escritores. Era um engajamento total, todas as horas do dia. Prometeram contar "tudo" um ao outro, nos mínimos detalhes. Transformar a vida em narrativa era talvez seu prazer mais voluptuoso. .......... Era impossível dizer o que era mais satisfatório: a sensação voyerística de ouvir sobre a vida um do outro ou o conforto gostoso de narrar a própria. "
Prefácio do livro SIMONE DE BEAUVOIR E JEAN-PAUL SARTRE TÊTE-À-TÊTE
sexta-feira, 16 de julho de 2010
MSN COM CRIS, NO MEIO DA TARDE
K- Oi, tudo bem por aí?
C- Oi, Karlotinha.
K- Tô mole.
C- Eu também tô mole. Mas você tá mole por quê?
K- Acho que é gripe. Tô muito mole, aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
C- Eu tô mole, mas de tanto namorar. Acabei de namorar agora, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
K- Pô. Sacanagem!! Eu aqui, no trabalho, literalmente na secura de Brasília e você em casa, namorando. Rsrsr
C- Pois é Karlota, você aí na seca e eu, completamente úmida. hahahahaha
K- Olhe, vamos parar com essa conversa no meio da tarde. A única umidade que tenho aqui é a que vem do umidificador de ar, do meu lado. E já estou ficando além de mole, nervosa.
C- Tchau, um beijo úmido.
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terça-feira, 13 de julho de 2010
SORTE DE NOVO
No Brasil, a sexta-feira 13 é um dia de má sorte. Na Argentina, o dia 13 de azar é a terça-feira.
Clarice acordou naquela terça, 13, se olhou no espelho e se achou horrível. Pegou uma tesoura e começou a cortar uns pedacinhos do cabelo. Foi mudando de fisionomia, ficando aliviada. O cabelo cortado deu uma melhorada na energia. Ligou a televisão no canal local, era uma maneira de praticar o espanhol.
Estavam falando sobre o que se deve fazer e o que não se deve fazer na terça-feira 13.....
Primeira coisa: Não cortar o cabelo.
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sábado, 10 de julho de 2010
PARABÉNS, PAI ! SAUDADE
Carlos era um homem bom. Estava passando por uma fase difícil. Não tinha trabalho. Não tinha dinheiro. Vendeu tudo o que tinha.
Sua irmã deixou ele colocar as suas coisas em caixas, guardar no quarto que tinha sido de sua mãe e dormir no sofá da sala. O quarto era uma suíte com varanda, mas estava cheio de roupas velhas, sapatos surrados, frascos de perfume e de esmalte vazios, todo tipo de bugigangas inutilizadas pelo tempo, que a irmã nunca conseguiu se desfazer.
Ele, todas as noites, colocava o seu lençolzinho no sofá e, entre a poeira, com as costas encharcadas de suor, tentava parar de pensar em uma maneira de conseguir trabalhar e ter dinheiro.
Durante o dia, não sabia o que fazer. Algumas vezes, saía de carro, parava em frente à maré e esperava o tempo passar.
O tempo passava e ele não tinha uma televisão para se distrair, nem uma cama em um quarto para se deitar e apenas olhar para o teto e encher a cabeça de quietude. Não tinha dinheiro, nem paz. Tinha apenas vício no desespero.
Aos poucos, seu corpo adoeceu e ele não saía mais do sofá.
Agora, tinha uma justificativa para sua irmã continuar lhe sustentando. Faltavam-lhe forças para ir à luta mais uma vez. O mal-estar da humilhação esmurrava dentro dele.
Carlos, que homem bom! Mas, e a sorte?
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sexta-feira, 9 de julho de 2010
Nessa noite senti medo. Um medo indefinido.
Foi a primeira noite que passei sozinha depois que Sassau morreu. Me deu um medo do escuro, medo do frio, medo de entrar alguém pela porta do meu quarto do hotel, medo de ver alguém entrar pela parede do meu quarto do hotel.
Medo dessa falta de controle. Medo de estar sozinha. Medo do inesperado.
Foi isso: Medo do inesperado.
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
SASSAU
lembrei de quando você nasceu. Eu tinha 9 anos e era louca por aquele bebezinho lindo que foi desenganado por vários médicos. Todos diziam que você não iria passar dos dois anos. Eu chorava tanto por meu priminho que eu achava que ia morrer. Tia Kátia lutou por sua sobrevivência, foram tantos processos espirituais e você viveu. Viveu pra ser essa pessoa linda, tão meiga, gentil, preocupada com os outros, com todos os seres vivos. Tão inteligente, detalhista, observador, interessado em saber da vida. Sabia tanto da vida, que entendia cada segundo do que sentia.
Sau, hoje choro com uma dor muito maior, desesperada, por não ter mais esperança. Ouço você conversando com a gente com seu sorriso doce , ouço sua música. Ouço você, meu primo, o homem lindo, sempre.
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