segunda-feira, 25 de maio de 2009

NOVO LIVRO DE ANDRÉ. ÔBA!!!!!



Novo livro de André Sant'anna. Lançamento hoje em São Paulo. Já que não estarei lá, acabei de comprar o meu pela internet: www.7letras.com.br . Deve ser sensacional como todos os outros: Amor. Sexo. O paraíso é bem bacana. Sexo e Amizade.

Ele é casado com Pati Woll (das ilustrações maravilhosas que estão neste blog)

Beijos pra vocês dois!!

domingo, 24 de maio de 2009

MEU MEDO


Entrei no avião de São Paulo pra Salvador mesmo depois de meu filho ter me ligado e ter dito: - Minha mãe, você vem hoje mesmo? Não venha não. Tá chovendo muito. Não venha não!
Passei o dia ligando pra saber se a chuva tinha parado, se o aeroporto estava aberto.........ninguém queria me assustar, mas ele continuava me dizendo para não viajar.
Normalmente para viajar tomo dramin b6 e rivotril 0,25 - tenho pavor de avião, mas como não tinha tomado remédio na ida e tinha sido uma viagem relativamente tranqüila (avião nunca é tranqüilo pra mim) resolvi só tomar o dramin para o enjôo. Estava com uma amiga do trabalho, daquelas que entram no avião e dormem o vôo todo, tínhamos ido acompanhar dois comerciais.
O avião decolou e eu, nervosíssima como sempre, notei alguns movimentos estranhos, tipo, algumas alternâncias repentinas de altitude, mas pensei que eram minhas paranóias "avionáticas". Na verdade, estava realmente sentindo alguma coisa muito estranha no ar.

Com mais ou menos 50 minutos de vôo, o piloto começou a falar. Todas as vezes que o piloto resolve falar alguma coisa, fico desesperada, dessa vez tive motivo real para isso:
- Senhores passageiros a Gol preza sempre pela segurança dos seus passageiros, por esse motivo estamos fazendo um pouso de emergência no aeroporto de Confins, pois detectamos um problema na aeronave.
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Nesse exato momento,literalmente enfiei um rivotril sublingual na boca e desesperada continuei ouvindo:
- Resolvemos fazer esse pouso em Confins pois correríamos algum risco se continuássemos com o vôo até Salvador.
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- Estamos em processo de aterrissagem e dentro de aproximadamente 25 minutos chegaremos no aeroporto de confins. Esperamos contar com a compreensão de todos.
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Foi mais ou menos isso que ele disse, ou melhor, foi isso que ficou marcado de uns dos piores momentos que vivi em minha vida.
Chamei a aeromoça tensa que passava rapidamente e perguntei se ela tinha certeza de que conseguiríamos pousar.
???????????????????????????????
Ela me olhou com uma cara forçada de calma e disse que iríamos pousar sim e que estávamos fazendo esse pouso exatamente para evitar maiores problemas.

Sim????? Mas se não conseguiríamos chegar até Salvador quem poderia garantir que chegaríamos até Belo Horizonte sem o avião cair ou explodir no ar ou sei lá mais o que.
Ninguém dava nem um pio. Silêncio total.
Eu disse para minha amiga que se chegássemos vivas em terra, eu ia pra Salvador a pé se fosse necessário, mas não voaria mais.
Chegamos..... depois de minutos intermináveis. Intermináveis mesmo, não saem da minha cabeça.
- Senhores passageiros, pedimos que continuem sentados em suas poltronas até que possamos informar se continuaremos nessa aeronave ou se precisaremos trocar de aeronave. Vamos aguardar a equipe de manutenção.

Que continuar sentada que nada!! Queria sair dali correndo.
Fui conversar com a aeromoça e explicar que tinha pavor de avião e não ia voar nem naquela mesma aeronave nem em nenhuma outra. Liguei pra casa em prantos e disse que ia ficar em Belo Horizonte. Imagino o susto que tomaram quando receberam meu telefonema uma hora antes do horário de chegada. Tive também que fazer uma sessão de terapia por telefone:
- Andréa, me ajude, não consigo sair daqui. Não consigo voltar pra casa de avião. Agora que sobrevivi não vou correr risco de novo. (nesse momento já sabia que íamos trocar de aeronave, aliás nessa hora, todos já estavam dentro da nova aeronave me esperando decidir se iria ou não voar para Salvador.)
- Mas me diga uma coisa- ela me analisava - qual é o medo? É da morte? Não adianta ficar com medo. Você tem que entrar no avião sim. Tome outro rivotril e entre nesse avião. Você vai ficar aí sozinha pra voltar como? Seu filho está te esperando. Não tem jeito. Pode se morrer em qualquer lugar. Entre nesse avião e volte pra sua casa.
Tomei outro rivotril e me colocaram na primeira fila junto com minha amiga. Disseram que o piloto estava disponível para conversar comigo. Fui na cabine e fiz mil perguntas, que ele me respondeu com bastante calma, mas em nenhum momento me esclareceu o que foi que houve com a outra aeronave e o nível de risco que tínhamos corrido de verdade.
Eu não tive outra alternativa, engoli o pavor e subi aos ares novamente.
Obrigada Deus pela nossa sobrevivência!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O ar-condicionado do carro estava ligado no máximo. O dia ainda estava claro, mas o vidro escuro não deixava que as pessoas vissem o que acontecia lá dentro. Eles se beijavam. O Homem a desejava e dizia coisas “bonitas” em seu ouvido. Coisas que ela queria ouvir e precisava para sentir.
Ela achava que estava fazendo algo errado, mas, agarrava aquele Homem com força. Queria aquilo. Ser atacada com paixão. Nem era esse Homem especificamente. Era a sensação. Fazia tempo que ela não era beijada com desejo. Aquele beijo que cheira a boca.
O que estava acontecendo não era totalmente confortável para ela. Não queria voltar para casa. Iria mentir. O carro continuava ligado para ter ar frio. O Homem colocou um CD e voltou a passar a mão pelo corpo dela entre a roupa. O celular tocou a primeira série de chamadas, ela não atendeu. Beijou de novo aquela boca diferente e a sensação não era ruim. Pensou várias vezes em fazer aquilo, mas nunca em ser capaz. Culpa, culpa, culpa. Tinha medo da culpa. Não dessa vez. Ela descobriu que era fácil estar com outro Homem, além de estar com Ele. Estava com outra pessoa, talvez, exatamente como Ele já tenha feito algumas vezes.
Como seria bom se Ele não fosse quem é de verdade. Como seria bom se Ele fosse de verdade o homem inventado que Ele é.

terça-feira, 12 de maio de 2009


Pois é..............não estou conseguindo pensar direito........acho que preciso de alguns dias para caminhar com os pés na areia, abrir os braços e me jogar no mar.
Sair do rumo...........sem preocupação e com muita Irresponsabilidade.

sexta-feira, 8 de maio de 2009


Faltava uma semana para ela ir embora de volta para seu país.
Acordou tarde, como sempre. Tomou dois copos de suco de pêra – grosso, pura fruta. Comeu um pacote de biscoito com queijo cremoso e deitou no sofá para assistir televisão.
O telefone tocou do outro lado do balcão da cozinha. Ela estava gripada e menstruada – mal-estar. Levantou de uma só vez e começou a correr em direção ao telefone. Sentiu um enjôo de sangue. Todo o sangue do corpo parou no alto do estômago. Pegou o fone e escutou uma voz em castelhano. Era Sr. Pascoal, o taxista. Ele foi ficando longe. Ela conseguiu dizer umas duas palavras e mais nada, só a escuridão.
Quando viu a claridade de novo, estava no chão entre o balcão e a parede, o fone ficou pendurado pelo fio de mola. Não era um claro normal que ela via, era turvo, cor de branco manchado de preto. Levantou correndo outra vez, olhou no espelho do quarto, viu um vulto de lábios roxos. Medo da morte. Medo daquele nada. Alguns segundos provavelmente do outro lado e não viu coisa alguma, nem gente nenhuma. Era o nada absoluto. Deitou na cama, imóvel. Ligou para o marido que estava trabalhando. Caiu em prantos, gritando: você está me escutando? Com certeza é a minha voz? Acho que morri!
Ela ficou olhando para o teto, paralisada até ele chegar com o serviço médico do hotel. O teto branco. Enquanto via branco estava tudo bem.
Era segunda-feira, dia da última aula de escritura. Breve, estaria em sua realidade longe dali. Sabia o que estava esperando por ela no futuro.
O desmaio ia impossibilitar a sua mudança. Era o pavor de mudanças desde a infância. Foram tantas. Mas, querendo ou não, se adaptava.
O desmaio impossibilitou a mudança. Era muito perigoso mudar naquele momento.
Ela passou aqueles noventa dias em um mundo de fantasia na realidade. - A sensação que fica durante o dia quando se acorda de um sonho bom. Ela, nessa época, mesmo quando sonhava mal, acordava com a sensação boa, que só a abandonou quando, juntas, voltaram para casa.


2006

segunda-feira, 4 de maio de 2009

LUQUINHAS: PSICOTOPIA & SÓ NA PAQUERA










De roqueiro a pagodeiro e até imitador de Silvano Sales, ou seja, arrocheiro.................................................filho de peixe, em alguns momentos, peixinho não é.

domingo, 3 de maio de 2009

MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE


Gripe Suína - Precauções:

Evite o beijo social e o aperto de mão. Abraço e beijo de língua, nem pensar.

Ou seja, distância....................................quanto mais distante melhor...........this is the future.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

RADICAL


Eu odeio gente falsa. Eu odeio gente dissimulada. Eu odeio gente que não defende sua opinião. Eu odeio gente metida a esperta. Eu odeio gente metida a besta. Eu odeio gente metida a boazinha. Eu odeio gente que acha que engana os outros. Eu odeio gente que não sabe dividir. Eu odeio gente sem comprometimento. Eu odeio gente que não pensa no outro. Eu odeio gente ignorante. Eu odeio gente que não tem humor. Eu odeio gente que fala sempre no mesmo tom. Eu odeio gente, que, ainda hoje, fala essa frase: “A mulher ideal tem que ser uma dama na sociedade, e uma puta na cama.”.
Socorro...................Eu odeio a maioria da humanidade!