quarta-feira, 31 de agosto de 2011


-Cansei de esperar.
-Não me diga que você ainda esperava alguma coisa desse cara.
-Esperava sim. Esperava que ele mudasse.
-Não. Não é possível!
-Pois é.
-Ele não vai mudar porque não quer. Pelo amor de Deus, esqueça isso.
-Me dá pena ver uma pessoa ser assim.
-Mas, entenda......se ele te quisesse, ele não seria assim.
-Mas, entenda também..........tenho saudade. Muita saudade de tudo que vivemos. Embora junto com essa saudade também tenha muita dor.
-Vai passar. Fique tranqüila. O vento leva. Lembre que antes, quando vocês estavam juntos, essa dor era contínua, agora, aparece só de vez em quando, não é?
-É. Agora, a dor vem pela certeza.  Antes, era uma dor da previsão do que viria. E me acompanhava noite e dia.
-Sim.....e você pensa fazer o quê?
-Nada. Não posso fazer mais nada. Esse seria o momento de consertar tudo, mas, ele preferiu passar a vez.
-Me faça um favor..... entregue esse “ser humano” para Deus.
-É....... vou entregar. Mas, será que Deus vai aceitar??
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terça-feira, 30 de agosto de 2011


Você está quieta no seu canto, vivendo a SUA vida, e, do nada, aparece um louco desequilibrado e te dá um tapa na cara..........
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domingo, 28 de agosto de 2011


É foda confirmar, a cada dia, que você esteve por anos com uma pessoa, que sempre desistiu de você!
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PARABÉNS PRA VOCÊ!


Ele já tinha bebido bastante. Era a hora do “parabéns pra você”. Se reuniram em volta da mesa. Ela bem pertinho dele, alguns amigos e aquele cara chato que não parava de falar. Ele apagou as 40 velinhas. Cortou o primeiro pedaço do bolo. Segurou o prato e nem percebeu o peso da representatividade daquela delícia cheia de cobertura de chocolate. Ela já sabia o que iria acontecer.  Ele entregou sem pestanejar o prato para o cara falante, com a desculpa, silenciosa, de que, assim, o “mala”, deixaria de chatear todo mundo. Porém, o cara ficou tão sem graça que não aceitou. Na verdade, todas as pessoas ficaram sem graça com a situação. Todos esperavam que ele fosse dar o primeiro pedaço do bolo para sua mulher.
Segundo ele: o que eram esses “pequenos momentos ruins”, para quem queria passar uma vida inteira junto com ela?!.... Sem forças para argumentar e pensando em seu amanhã, ela, engoliu o bolo em seco e foi chorar.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011


Ela chegou sozinha, sentou em uma mesa e pediu uma jarra de água de coco. Ele chegou sozinho, sentou em uma mesa, ao lado da dela e pediu uma jarra de água de coco, uma garrafa de Whisky e um balde de gelo.
Ele vestia uma camisa de malha branca, com a etiqueta para fora, pendurada nas costas; uma bermuda cinza; uma meia, branca, alta e um tênis desses de correr. Estava sentado meio de lado. Ela via sua nuca e o perfil do seu rosto. Ele não percebia que estava sendo observado e agia naturalmente. Mas, quando se é observado com insistência – e ela estava fazendo isso, pois não tinha outra coisa para passar o tempo – em algum momento se percebe o observador. Foi o que aconteceu. Ele se virou de supetão e deu de cara com o olhar dela. Mas, com o susto, ela desviou o rosto e não viu se ele continuou olhando para ela ou para as pessoas que estavam na mesma direção. O olho dele era bonito, cor de mel, sobrancelhas grossas, exatamente como ela gostava - com uma mirada séria e triste. Ela teve vontade de chegar perto, perguntar o nome dele e pedir licença para colocar a etiqueta para dentro da camisa, mas cadê a coragem?
O show começou e ela se levantou, ficou ao lado da mesa. Ele continuou sentado no mesmo lugar, bebendo alternadamente os seus dois copos - um com whisky cheio de gelo e o outro com a água de coco. Durante toda a noite eles se olharam, e só. Não se comunicaram de outra maneira.
Acabou o show, ele pagou a conta, fez a marcação na garrafa de whisky, se levantou e foi embora, sem olhar para trás. E ela, ficou com a sensação de que podia ser mais sem vergonha.
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domingo, 21 de agosto de 2011


E a fofocagem só aumenta, e o meu nojo também.....

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Clarice teve a confirmação de uma suspeita e ficou destruída mais uma vez. Porém, mesmo infeliz, o fato de que a desconfiança não era nenhum delírio de sua imaginação, a fez sorrir por dentro.  E a sensação de mostrar para todas as pessoas que ela estava certa, misturava o desgosto com o triunfo.
Mas, mesmo com a estrela imensa que tinha, Clarice não conseguiu evitar mais esse adeus forçado.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Coisa mais bonitinha, Lilica, parada na porta da varanda, com a cabeça para o alto, olhando a noite e aspirando, o ventinho suave, que entra pela casa.
Parece que está pensando delicadamente na vida. Em algum amor que está longe, nas contas que tem para pagar, no parente que se foi, no egoísmo das pessoas, ou simplesmente em como somos felizes por estarmos vivos.
Contudo, ela não pensa, apenas sente. E mesmo sem pensar, fica triste. Sente, sem saber o que sente. E sofre, também, sem saber o que sente.
E eu que sempre achei que o sofrimento apenas vinha da junção do sentir com o pensar, me enganei completamente, e percebo, agora, através de Lilica –não pensante -  que tanto o pensar, quanto o sentir, podem sozinhos, nos causar a dor.

Ilustração - Pati Woll

Um dia, passarei na sua frente, livre dessa dor. E, sem raiva alguma, te jogarei beijinhos, my Love. Com o mesmo desprezo, que você sempre me dedicou.
(Smack!)
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sábado, 13 de agosto de 2011


Estava, eu, em um engarrafamento na frente do quartel de Amaralina, indo na direção Pituba-Ondina, quando, me aparece, na calçada da esquerda, um ser, feminino, andante, cor de jambo, cabelos longos, encaracolados, vestindo uma roupa mínima e chamativa. Tomei um susto matutino, que, para variar, me fez pensar na vida. Ela desfilava com seu shortinho jeans, minúsculo, enfiado na bunda, que, diga-se de passagem, era uma “senhora” bunda; um top rosa, que não cobria nada da barriga saliente; uma sandália Ipanema rosa também, para combinar com o top; e a cabeça erguida na direção de qualquer alvo. O mais interessante era o seu modo de andar: pernas levemente abertas (acredito que por ter as coxas tão grossas, as partes internas deviam roçar uma na outra e incomodar a moça); a bunda se deslocava da esquerda para a direita e vice versa, de uma maneira tão pesada, que parecia que em algum momento, aquele bundão poderia despencar. Eram movimentos, que, apesar de carregados, pareciam suaves e cadenciados.
Mas, voltando ao meu “pensar na vida”, pensei mesmo foi na atração que esses seres exercem em determinadas pessoas – homens, principalmente. E homens, que, eu, pelo menos, nunca imaginaria. Para mim, que não sou macho, assisto e acho somente uma cena engraçada, chegando quase a ser ridícula. E não consigo imaginar que o ridículo excite alguém. Na verdade, pessoas pensam e sentem de maneiras diferentes, e, mesmo aquele homem que se diz o mais culto, o mais inteligente, o que só gosta de coisas sofisticadas, pode sentir tesão por algo ou alguém que não seja culto, nem inteligente, nem sofisticado, mas, que  apenas “aparente” ser uma boa “foda”.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Em uma entrevista, Xico Sá falou que o facebook aumentou a dor do amor. É verdade. Antigamente, nos separávamos de alguém e sabíamos notícias dessa pessoa, apenas, quando vinham nos contar, ou, quando, por acaso, nos encontrávamos com a pessoa em algum lugar comum. Hoje em dia, com as redes sociais, principalmente com o facebook e os seus perfis e murais abertos, sabemos da vida de algumas pessoas, em detalhes, como se estivéssemos convivendo diariamente com elas. Mas, na verdade, virtualmente, convivemos e participamos sim, da vida delas. E, elas, das nossas.
E assim, ficamos sabendo de coisas que fazem perdurar a dor, mas, que, também nos deixam mais espertos e mais seletivos para os nossos próximos relacionamentos.
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terça-feira, 9 de agosto de 2011


E o dia 09 está indo embora............e, agora, definitivamente, por sua escolha, passarei a borracha não apenas onde esperava apagar, mas em todo o seu rastro.....
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Neste dia, esperava ser maravilhada por uma mudança positiva, onde todos os meus simples desejos fossem realizados........apesar dos 10 anos que não conseguiram chegar lá.
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domingo, 7 de agosto de 2011


Clarice, mesmo sofrida, não se surpreende com outra notícia que ouve sobre o egoísmo, a covardia e a mesquinhez dele. Só fica ainda mais triste, magoada e desiludida porque não vê qualquer melhora, apenas enxerga, bem claro, o quanto não terão mais nenhuma chance juntos.
Coisa deprimente é sentir qualquer tipo de amor por quem não presta.
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Ilustração-Pati Woll
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Tarde da noite. A pista vazia. O céu negro. O amarelo das luzes - Lembram o quanto sou frágil, e, quase nada, sem a sua presença.
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011




XY - Casa comigo?
XX - Não.
XY - Não vai nem pensar?
XX - Não!
XY - Por quê?
XX - Você levou 09 anos pra ter vontade de casar comigo e quer outra resposta?
XY – Quero sim. Antes tarde do que nunca. Eu te amo muito. Quer maior prova do que essa?
XX – Antes tarde do que nunca?? E me pedir em casamento é uma prova do seu amor? Por isso e muito mais que não vou casar com você.
XY - ??    O que eu fiz de errado?
XX – Nada. Você não fez nada. Eu que fiz, não tenho dúvidas. Também te amo.
Ela estava usando o seu vestido cinza escuro, com a pintura da lua crescente na frente. E o reflexo da porta de vidro, lhe mostrou, aquele lindo sorriso branco.
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