ESTEREÓTIPO DO MACHO PROPAGA AIDS ENTRE OS JOVENS, ALERTA DIRETORA DA ONU
"Os jovens acreditam que para ser macho é preciso não usar camisinha, ter muitas parceiras, fazer sexo casual. Tudo isso é permitido porque faz parte da imagem de macho, mas, na verdade, os colocam sob risco da contaminação da Aids", afirma a indiana Purnima Mane, diretora executiva do UNFPA.
Mane veio ao Rio para um simpósio sobre o combate aos estereótipos da masculinidade como ferramenta de prevenção à Aids. "Precisamos convencer os homens a deixar estes estereótipos de gênero, não apenas para o benefício de suas parceiras, mas para seu próprio benefício", disse Mane, que defende uma "nova masculinidade" onde a ênfase está no "macho protetor e responsável".
Meu Deus..........................estamos em qual século mesmo???? Ainda precisamos defender essa "nova masculinidade"........
terça-feira, 31 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
DESESPERANÇA
Entramos no elevador de madeira com botões cilíndricos e bem lentamente fomos ao nono andar. A porta abriu e chegamos ao hall de um apartamento só. Totalmente fechado. Se a lâmpada estivesse queimada ou o elevador já tivesse descido, o breu era total até alguém abrir a porta e empurrar a luz daquele nono andar enjanelado de ponta a ponta.
O sino tocou alto. A igreja da escola ficava no fundo do apartamento. Eu olhava lá de cima a barulheira das crianças na hora do intervalo. Só não olhava muito na direção bem pra baixo – não queria ver a velha que tinha se jogado da janela que ficava de frente pra esse quarto que dava pra ver a escola.
Quando os filhos da velha chegaram no quarto, os chinelos dela estavam deixados lado a lado, bem arrumadinhos, no pé da janela.
Ilustração - Pati Woll
segunda-feira, 23 de março de 2009
A luz que entrava na casa era de um tom singular de azul.
Clareava ainda mais os cabelos dele, que depois da mistura, brilhavam uma cor esverdeada.
Ela não tirava os olhos daquele homem que a encantava com sua voz, seu riso, sua meiguice, seu cheiro....
Eles conversavam horas e horas e trocavam seus ares, tão próximos ficavam.
Em alguns momentos ele parecia estar distante dali. Ela, nunca. Nunca poderia estar distante dele. Sentia a sua presença onde estivesse.
Ela sabia que aquele homem era imprescindível para reaver a serenidade....para voltar a enxergar as coisas simples....para reconhecer a beleza onde ninguém vê o belo....
A luz entrou com mais intensidade na casa e turvou sua visão. Ela fechou os olhos e quando voltou a enxergar, ele estava em sua frente totalmente colorido de azul.....mais lindo do que nunca.
Cordoba-Ar 2005
Clareava ainda mais os cabelos dele, que depois da mistura, brilhavam uma cor esverdeada.
Ela não tirava os olhos daquele homem que a encantava com sua voz, seu riso, sua meiguice, seu cheiro....
Eles conversavam horas e horas e trocavam seus ares, tão próximos ficavam.
Em alguns momentos ele parecia estar distante dali. Ela, nunca. Nunca poderia estar distante dele. Sentia a sua presença onde estivesse.
Ela sabia que aquele homem era imprescindível para reaver a serenidade....para voltar a enxergar as coisas simples....para reconhecer a beleza onde ninguém vê o belo....
A luz entrou com mais intensidade na casa e turvou sua visão. Ela fechou os olhos e quando voltou a enxergar, ele estava em sua frente totalmente colorido de azul.....mais lindo do que nunca.
Cordoba-Ar 2005
sábado, 21 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
LOGO AGORA?!
- Oi meu amor. Já dormiu?
Ele não se mexeu. Ouviu a voz dela e continuou deitado de bruços fingindo que estava dormindo.
- Mas acabei de falar com você por telefone. Já está dormindo mesmo?
Ele deu um muxoxo, como quando alguém que ainda não está em sono profundo se aborrece com algum barulho, e virou para o outro lado. Deixou apenas os cabelos olhando para ela.
Ela não se importou, continuou fazendo carinho e falando como se a pessoa a sua frente estivesse interagindo e participando de tudo. Falava do que fez durante o dia em seu trabalho; do almoço no restaurante natural, da emoção de quando escutou no carro uma música que a fez lembrar dele.....continuou o seu impercebido monólogo por muito tempo e apenas por falta de assunto se calou. Ele continuou imóvel, mesmo quando ela se deitou em suas costas. Depois de alguns minutos, incomodado com o silêncio, foi se virando com movimentos suaves.
Ela que estava em cima dele, deu um muxoxo, escorregou sobre a cama e se ajeitou, como ele, de bruços.
Com uma cara de indignação, ele olhou para aquele corpo inerte ao seu lado e sussurrou:
- Oh meu amor, já dormiu?
E acrescentou insatisfeito:
- Logo agora?!
2005
Ilustração -Pati Woll
Ele não se mexeu. Ouviu a voz dela e continuou deitado de bruços fingindo que estava dormindo.
- Mas acabei de falar com você por telefone. Já está dormindo mesmo?
Ele deu um muxoxo, como quando alguém que ainda não está em sono profundo se aborrece com algum barulho, e virou para o outro lado. Deixou apenas os cabelos olhando para ela.
Ela não se importou, continuou fazendo carinho e falando como se a pessoa a sua frente estivesse interagindo e participando de tudo. Falava do que fez durante o dia em seu trabalho; do almoço no restaurante natural, da emoção de quando escutou no carro uma música que a fez lembrar dele.....continuou o seu impercebido monólogo por muito tempo e apenas por falta de assunto se calou. Ele continuou imóvel, mesmo quando ela se deitou em suas costas. Depois de alguns minutos, incomodado com o silêncio, foi se virando com movimentos suaves.
Ela que estava em cima dele, deu um muxoxo, escorregou sobre a cama e se ajeitou, como ele, de bruços.
Com uma cara de indignação, ele olhou para aquele corpo inerte ao seu lado e sussurrou:
- Oh meu amor, já dormiu?
E acrescentou insatisfeito:
- Logo agora?!
2005
Ilustração -Pati Woll
SÃO JOSÉ
José, marido de Maria - mãe de Jesus........José, pai de Jesus - filho de Deus?
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Zezildo, parabéns pelo seu dia!! Te amamos muito! Saudade!!
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Zezildo, parabéns pelo seu dia!! Te amamos muito! Saudade!!
segunda-feira, 16 de março de 2009
FIM DE SEMANA
Primeira temporada de ROMA. Não dá vontade de parar......Muito bom!
Livro de Contardo Calligares - O Conto do amor............Mais ou menos.
Show de Tom Zé, noTeatro Castro Alves- Estudando a Bossa........MuitoMuitoMuitoMuito Bom!
Tomei um susto quando fomos na quinta-feira comprar o ingresso pro show de Tom Zé. Simplesmente, a bilheteria do Teatro só aceitava dinheiro. Dá pra acreditar que um Teatro do porte do Castro Alves não aceite cartão de crédito/débito ou cheque?????? Acredite!! Hoje em dia, até banca de revista já tem maquininha de cartão. Deve ter alguma explicação.........não é possível.
Outra coisa, que banheiro feminino sujo e destruído é aquele?? E o som dando problema toda hora...............
Obrigada, Tom Zé, por ser maravilhoso!!
domingo, 15 de março de 2009
SIAMESAS
Estavam grudadas. Gêmeas siamesas. Uma loura, outra, morena. Andavam assim de braços colados - uma, o direito, outra, o esquerdo. Parecia que tinham passado cola. Só saiam assim. Inseparáveis. A loura passava as férias na casa da morena - morena só de cabelo. Era mais branca que a outra que era loura. Uma era Branca de Neve de cabelos pretos e pele bem branca. A outra era Cinderela de pele e cabelos dourados. Uma era Sabrina e a outra, Cris, da série As Panteras. A casa era enorme, o chão todo de mármore branco. A mesa de jantar dava para dez pessoas. Elas pegavam as cadeiras, juntavam mais algumas da cozinha e colocavam duas de cada lado, deixando um corredor no meio. Virava um avião e elas eram as aeromoças, servindo comidas e fazendo as demonstrações de vôo. Faziam novelas de rádio, gravadas em fita K7, com sonoplastia e tudo. As férias eram arte. A vida era arte. Isso durava três meses até as duas se separarem. Elas tinham criações diferentes, mundos díspares, mas quando estavam juntas tinham uma sensação só. Criavam brincadeiras o tempo todo. Acordavam brincando e iam dormir querendo acordar para brincar. Nada era real naquela casa. Os viventes nem percebiam quando se tornavam bandidos, monstros, extraterrestres.
Adoravam tocar a sineta que ficava no portão de ferro e ver quando a velha caminhava com sua sandália havaiana surrada e seu robe encardido por todo o jardim até chegar ao portão e não encontrar ninguém e xingar o ser invisível de todos os nomes mais sujos possíveis. Riam tanto, que dava “dor de facão” na barriga. A mãe de uma estava separada e morava lá e o irmão da mãe, que era pai da outra, estava separado e também morava lá. Elas passavam o dia com a velha e o velho, mas o velho quase nem falava, só fazia carinho nas duas que se deitavam em cima dele, uma de cada lado na poltrona em frente à televisão. Ele era tão cheiroso, gordinho, branquinho, confortável. A velha, ao contrário, não tomava banho, não usava calcinha, tinha pêlos no queixo, sobrancelhas feitas de lápis. E ele que era o francês.
Se conheceram quando ele veio para a Bahia a passeio de navio com a família. Se apaixonaram e ele voltou para casar com ela e morar de vez. As siamesas eram filhas de dois dos quatro filhos baianos deles.
2006
Adoravam tocar a sineta que ficava no portão de ferro e ver quando a velha caminhava com sua sandália havaiana surrada e seu robe encardido por todo o jardim até chegar ao portão e não encontrar ninguém e xingar o ser invisível de todos os nomes mais sujos possíveis. Riam tanto, que dava “dor de facão” na barriga. A mãe de uma estava separada e morava lá e o irmão da mãe, que era pai da outra, estava separado e também morava lá. Elas passavam o dia com a velha e o velho, mas o velho quase nem falava, só fazia carinho nas duas que se deitavam em cima dele, uma de cada lado na poltrona em frente à televisão. Ele era tão cheiroso, gordinho, branquinho, confortável. A velha, ao contrário, não tomava banho, não usava calcinha, tinha pêlos no queixo, sobrancelhas feitas de lápis. E ele que era o francês.
Se conheceram quando ele veio para a Bahia a passeio de navio com a família. Se apaixonaram e ele voltou para casar com ela e morar de vez. As siamesas eram filhas de dois dos quatro filhos baianos deles.
2006
sexta-feira, 13 de março de 2009
AGAIN
No Brasil, a sexta-feira 13 é um dia de má sorte. Na Argentina, o dia 13 de azar é a terça-feira.Clarice acordou naquela terça, 13, se olhou no espelho e se achou horrível. Pegou uma tesoura e começou a cortar uns pedacinhos do cabelo. Foi mudando de fisionomia, ficando aliviada. O cabelo cortado deu uma melhorada na energia. Ligou a televisão no canal local, era uma maneira de praticar o espanhol.Estavam falando sobre o que se deve fazer e o que não se deve fazer na terça-feira 13.....Primeira coisa: Não cortar o cabelo.
terça-feira, 10 de março de 2009
SAUDADE
De onde saiu a idéia de que a distância aproxima?
Comigo isso nunca funcionou.
A distância quanto mais longa mais distancia.................................................definitivamente.
Comigo isso nunca funcionou.
A distância quanto mais longa mais distancia.................................................definitivamente.
sábado, 7 de março de 2009
PARABÉNS MEU BABYNHO!!
20 anos.
Parece que foi ontem que estava com a sua idade e você nascia às 16:23h no Hospital Santo Amaro. Estava tão assustada com essa responsabilidade eterna...................que fiquei mais de 4 horas quase morrendo de tanta dor na sala de parto até você nascer. Exatamente nessa hora o médico fechou o visor achando que eu estava fazendo "draminha" para todas as pessoas que foram te assistir nascer....rsrs. E eram muitas, viu? Foi um evento, rsrs.
Você é muito lindo, babynho. Muito especial. Tão querido e tão amado por todos. Sempre me deu muita felicidade, muito orgulho.
Quero te ver sempre feliz e vou sempre continuar fazendo tudo o que eu puder para que isso aconteça.
Te amo muito!!!!!!!!! Parabéns!!!!!!
terça-feira, 3 de março de 2009
PRIMEIRO AMOR
Fui passar uns dias que se tornaram meses na casa de meus avós.
Minha mãe teve uma enxaqueca que durou três meses, e tivemos que ir, eu e meu irmão, junto com ela, morar lá por esse tempo. Não tinha o que fazer e sentia muita falta de minha casa. Até que resolvi passear na rua, todas as noites, acompanhada pela moça que trabalhava com minha avó. Não conhecíamos ninguém, só ficávamos andando pelo quarteirão e olhando de longe um grupo de jovens que se reunia para tocar violão. .
Nesse período, fiz um amigo que se tornou eterno e desse amigo outros amigos e o rock’n’roll. Eu tinha 13 anos e era o ano de 1982.
Quando minha mãe ficou boa, voltamos para nosso apartamento em frente ao mar e meus novos amigos passaram a me visitar. Com eles e a criatividade, consegui enganar as minhas vergonhas. Encontrei o mundo e as pessoas para a vida toda.
Meus amigos se vestiam de jeans, camisas de banda, jaquetas do exército, tênis, coturnos, liam livros da geração beat, usavam drogas, só ouviam rock’n’roll e tinham um Deus: Marcelo Nova.
Ele tinha uma banda chamada Camisa de Vênus e um programa semanal em uma rádio.
Em todas as noites do programa, nos reuníamos na balaustrada do Porto da Barra, abríamos as portas dos carros e ouvíamos atentos toda a sua ditadura, sem perder um momento. Nesta época, só tinha amigos homens, uma ou outra menina fazia parte de minha vida de vez em quando. Todos eles tinham uma banda de rock’n’roll - Coice de Mula, Delirium Tremens, Dever de Classe, Flores do Mal, Gonorréia etc -, e em todos os finais de semana os ensaios viravam shows. Ficavam cheios de todas as minhas pessoas.
Quando fiz quinze anos, ganhei de minha mãe um contra-baixo de segunda mão. Era um Gianini, mas que parecia um verdadeiro Fender azul turquesa. Aprendi a tocar com uma amiga e montamos uma banda só de mulheres. Depois, eu e alguns amigos montamos uma banda punk chamada Trapaça – O vocalista: Johnny Rotten.
Como eu era quase a única mulher entre eles, sempre estava apaixonada por um deles ou um deles sempre estava apaixonado por mim. Mas nunca havia reciprocidade nas paixões e elas logo passavam. Até que um dia uma paixão foi transformada – Um amigo me beijou e senti uma sensação boa. Senti o amor dele através dos seus lábios e amei este amor por mim.
Ficamos juntos.... era muito amor......
Minha mãe teve uma enxaqueca que durou três meses, e tivemos que ir, eu e meu irmão, junto com ela, morar lá por esse tempo. Não tinha o que fazer e sentia muita falta de minha casa. Até que resolvi passear na rua, todas as noites, acompanhada pela moça que trabalhava com minha avó. Não conhecíamos ninguém, só ficávamos andando pelo quarteirão e olhando de longe um grupo de jovens que se reunia para tocar violão. .
Nesse período, fiz um amigo que se tornou eterno e desse amigo outros amigos e o rock’n’roll. Eu tinha 13 anos e era o ano de 1982.
Quando minha mãe ficou boa, voltamos para nosso apartamento em frente ao mar e meus novos amigos passaram a me visitar. Com eles e a criatividade, consegui enganar as minhas vergonhas. Encontrei o mundo e as pessoas para a vida toda.
Meus amigos se vestiam de jeans, camisas de banda, jaquetas do exército, tênis, coturnos, liam livros da geração beat, usavam drogas, só ouviam rock’n’roll e tinham um Deus: Marcelo Nova.
Ele tinha uma banda chamada Camisa de Vênus e um programa semanal em uma rádio.
Em todas as noites do programa, nos reuníamos na balaustrada do Porto da Barra, abríamos as portas dos carros e ouvíamos atentos toda a sua ditadura, sem perder um momento. Nesta época, só tinha amigos homens, uma ou outra menina fazia parte de minha vida de vez em quando. Todos eles tinham uma banda de rock’n’roll - Coice de Mula, Delirium Tremens, Dever de Classe, Flores do Mal, Gonorréia etc -, e em todos os finais de semana os ensaios viravam shows. Ficavam cheios de todas as minhas pessoas.
Quando fiz quinze anos, ganhei de minha mãe um contra-baixo de segunda mão. Era um Gianini, mas que parecia um verdadeiro Fender azul turquesa. Aprendi a tocar com uma amiga e montamos uma banda só de mulheres. Depois, eu e alguns amigos montamos uma banda punk chamada Trapaça – O vocalista: Johnny Rotten.
Como eu era quase a única mulher entre eles, sempre estava apaixonada por um deles ou um deles sempre estava apaixonado por mim. Mas nunca havia reciprocidade nas paixões e elas logo passavam. Até que um dia uma paixão foi transformada – Um amigo me beijou e senti uma sensação boa. Senti o amor dele através dos seus lábios e amei este amor por mim.
Ficamos juntos.... era muito amor......
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