Entramos no elevador de madeira com botões cilíndricos e bem lentamente fomos ao nono andar. A porta abriu e chegamos ao hall de um apartamento só. Totalmente fechado. Se a lâmpada estivesse queimada ou o elevador já tivesse descido, o breu era total até alguém abrir a porta e empurrar a luz daquele nono andar enjanelado de ponta a ponta.
O sino tocou alto. A igreja da escola ficava no fundo do apartamento. Eu olhava lá de cima a barulheira das crianças na hora do intervalo. Só não olhava muito na direção bem pra baixo – não queria ver a velha que tinha se jogado da janela que ficava de frente pra esse quarto que dava pra ver a escola.
Quando os filhos da velha chegaram no quarto, os chinelos dela estavam deixados lado a lado, bem arrumadinhos, no pé da janela.
Ilustração - Pati Woll
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