domingo, 19 de julho de 2009

ATITUDE, BABY.


Ontem teve show de Marcelo Nova. Sempre fico com preguiça de ir para qualquer show hoje em dia - Fila pra entrar, demora pra começar, fila pra pagar. Mas ontem tinha um incentivo: reencontrar meus amigos que conheci no rock’n’roll.
Eu tinha 14 anos quando os conheci, e devia ter uns 8 anos que a gente não se via. Engraçado...... nem pareceu tanto tempo assim. Estamos mais velhos, alguns casados, com filhos, mas a sintonia continua a mesma.
E Marcelo Nova?
Do Camisa de Vênus, só restou ele. A mesma cara de sempre, com o mesmo modelo de óculos e a mesma irreverência demagoga.
Quando cheguei já estava na metade do show, e a banda, agora, formada por um monte de meninos (alguns pareciam ter menos de 18 anos), tocava: "Oh, crianças, isso é só o fim, isso é só o fim". Mais um dos plágios que o Camisa fez e que nós só descobrimos muito tempo depois. Marcelo tinha um acervo de milhares de discos, já naquela época.
Tenho que confessar que fiquei emocionada.................ele cantou várias músicas daquela época. Lembrei de muita coisa: do primeiro show que fui no antigo Teatro Vila Velha, quando só tinha 13 anos e minha mãe me levou porque eu não podia entrar sem um acompanhante; de como fiquei impressionada com aquele bando de punk gritando “bota prá fudê”, apontando o dedo na cara de Marcelo Nova e seguindo atentamente tudo o que ele dizia; de achar o máximo quando um dos punks gritou: “Quero beber cocô ralo” - do mesmo jeito que achava o máximo os nomes das bandas: Gonorréia, Coice de mula, Delirium tremens etc.
Ontem, os músicos pareciam mais músicos do que Karl, Gustavo e Aldo, mas não prestei muita atenção neles, acredito que eles nem eram nascidos nessa época, nunca vão saber como era seguir o Camisa.
Fechei meu foco em Marcelo Nova - na sua atitude - e gritei: “bota pra fudê!”. Por pouco não botei o "dedo em i" na cara dele.

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