sábado, 13 de agosto de 2011


Estava, eu, em um engarrafamento na frente do quartel de Amaralina, indo na direção Pituba-Ondina, quando, me aparece, na calçada da esquerda, um ser, feminino, andante, cor de jambo, cabelos longos, encaracolados, vestindo uma roupa mínima e chamativa. Tomei um susto matutino, que, para variar, me fez pensar na vida. Ela desfilava com seu shortinho jeans, minúsculo, enfiado na bunda, que, diga-se de passagem, era uma “senhora” bunda; um top rosa, que não cobria nada da barriga saliente; uma sandália Ipanema rosa também, para combinar com o top; e a cabeça erguida na direção de qualquer alvo. O mais interessante era o seu modo de andar: pernas levemente abertas (acredito que por ter as coxas tão grossas, as partes internas deviam roçar uma na outra e incomodar a moça); a bunda se deslocava da esquerda para a direita e vice versa, de uma maneira tão pesada, que parecia que em algum momento, aquele bundão poderia despencar. Eram movimentos, que, apesar de carregados, pareciam suaves e cadenciados.
Mas, voltando ao meu “pensar na vida”, pensei mesmo foi na atração que esses seres exercem em determinadas pessoas – homens, principalmente. E homens, que, eu, pelo menos, nunca imaginaria. Para mim, que não sou macho, assisto e acho somente uma cena engraçada, chegando quase a ser ridícula. E não consigo imaginar que o ridículo excite alguém. Na verdade, pessoas pensam e sentem de maneiras diferentes, e, mesmo aquele homem que se diz o mais culto, o mais inteligente, o que só gosta de coisas sofisticadas, pode sentir tesão por algo ou alguém que não seja culto, nem inteligente, nem sofisticado, mas, que  apenas “aparente” ser uma boa “foda”.
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5 comentários:

  1. a Galera tá começando a trabalhar cedo... Gostei da história!!

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  2. Essa não fazia parte da "galera" não......

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  3. Que criatura exótica... Uiiii

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  4. Exótica?? Isso é o que mais tem por aqui........já esqueceu foi?? rsrs

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