quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Estava escuro. Tinha acabado de faltar luz. Ela foi tateando do quarto até a cozinha pra encontrar o pacote de velas.  Era uma noite chuvosa e fria - sombria. Abriu a porta de cima do armário, onde ficavam as coisas não comestíveis, e, de primeira, achou as velas. Agora, onde estaria a caixa de fósforos? O fogão era elétrico. Só usava fósforo pra acender incenso. Foi até a sala e enfiou a mão na cristaleira de madeira de demolição. Estavam lá, os fósforos e os incensos. Espalhou as velas pela casa e deixou o incenso aceso na sala. Solidão e pensamentos de tantos absurdos acontecidos. Momentos que não voltam nem de outra maneira. Aproveitou as velas e rezou pelas enganações, sujeiras e injustiças. Um dia, breve, a energia será diferente. E a claridade das chamas, será tão forte e tranqüila que fará da amargura, a paz.
.

Um comentário: