sábado, 3 de janeiro de 2009

Clarice arranca fio por fio do seu cabelo. Pega com as pontas dos dedos cada um dos fios e sente as irregularidades de uma ponta a outra, segura com força e arranca da raiz. Faz isso diversas vezes com uma agonia incontrolável. Depois pega aquele fio arrancado e com as duas mãos continua sentindo as irregularidades.... até que acaba a graça daquele fio e ela o larga abandonado no ar, solto.
Volta desesperada atrás de outro. Por sorte, sua cabeça está cheia deles e todos irregulares.

4 comentários:

  1. incrível constatarmos que alma humana é insondável.anos de convivência mas nunca chegamos a conhecer ninguém na integra.

    mini poema da minha era beat:
    nado a peito de galinha.

    reconhece-me karla?

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  2. mais um poema.agora da fase romântica.
    Ah!noite
    Tulipa do deserto
    Rainha do universo
    Soberana dos céus
    Princesa da escuridão
    De um reino sem castelo
    De uma fragância eterna, mulher sem voz.
    Ainda não me reconheceu?

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